Nem o mais otimista torcedor do dragão do vale imaginaria chegar a este momento decisivo da competição ainda em condições reais de obter uma das 6 vagas para a disputa da segunda fase do campeonato cearense de futebol 2009 na sua segunda divisão. No caçula entre os participantes, a empolgação era geral nos momentos que antecederam a competição devido ao título da terceirona 2008. Esta sensação foi sendo frustrada a cada resultado negativo da equipe aracatiense no início desta fase. O desânimo e o descrédito foi geral diante da realidade. Em 10 jogos pela competição o Aracati Esporte Clube - AEC perdera quatro e empatara os outros seis. Seis pontos conquistados em trinta disputados. Uma péssima média de 19% de aproveitamento decretara a pior fase do clube em toda a sua história. Porém, sem muitos recursos para aplicar em treinadores e atletas renomados, a diretoria do dragão do vale resolveu confiar o comando da equipe a um cidadão apaixonado pelo futebol, cujo maior crédito ultimamente vinha sendo apostar na descoberta de novos valores do futebol, além de integrar a sociedade carente da capital do estado ao esporte das multidões. Salvador Barbosa, gaúcho de nascimento e cearense de coração, ex- atleta profissional, e que já atuara como treinador de futebol pelos grandes clubes de Fortaleza, resolveu aceitar o desafio de assumir o comando técnico de um clube numa situação desacreditada por muitos. Trazendo consigo o discurso da motivação, da garra, da disciplina, do conhecimento tático, e utilizando-se de praticamente o mesmo elenco inicial, Salvador vem obtendo resultados até então nunca imaginados pelos mais otimistas torcedores aracatiense. Em seis partidas sob o seu comando, o Aracati venceu três, empatou duas e perdeu apenas em uma única delas, gerando um aproveitamento de 61% dos pontos disputados e ficando entre as três melhores campanhas do returno da primeira fase da competição, números considerados estraordinários quando observamos sob o panorama financeiro das folhas salariais das equipes que disputam a competição (o AEC tem uma das menores folhas salariais entre os participantes. Alguns clubes possuem receitas acima dos R$ 300.000,00 para a disputa da segundona).Faltando apenas duas rodadas para cumprir nesta primeira fase da segunda divisão a situação do clube aracatiense ainda é bastante delicada, visto que o revés inicial gerou toda essa problemática.
Embora tem conseguido "encontrar o norte" junto ao elenco, Salvador necessitará do total esforço dos atletas para a obtenção do êxito. As partidas diante do Uniclinic e do São Benetito estão sendo consideradas pelo treinador como as mais importantes para o clube em toda a competição. "Vim para botar o Aracati no G6. Os outros clubes façam de tudo para impedir, pois entrando na segunda fase e vindos embalados após passar por toda essa dificuldade, tenham certeza que arrebataremos uma das vagas utilizando todas as formas éticas possíveis"- frisou o "salvador aracatiense".
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